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O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) reforça a importância dos cuidados para a prevenção das arboviroses durante a quadra chuvosa cearense. Doenças como Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus podem ter novos surtos, se somando aos casos da COVID-19 e Influenza, caso a população não tenha as práticas preventivas necessárias.
 
“A população não pode deixar de prevenir-se contra as arboviroses, por isso a importância de alerta para os cuidados extras nesse período. Essas doenças endêmicas, que podem passar do animal para o homem, tem sintomas muito parecidos com outras enfermidades e podem também levar ao óbito, por isso, nos prevenir é a nossa melhor saída”, declarou Francisco Atualpa Soares Júnior, Presidente do CRMV-CE.
 
Para evitar as arboviroses é necessário combater os focos em objetos que acumulam água e locais propícios para a criação do mosquito transmissor das doenças. Como forma de reduzir riscos, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
 
“Com um pouco mais de atenção, você pode salvar a vida de quem você tanto ama nesse momento. Os médicos-veterinários, profissionais da saúde única, que também atuam na saúde humana, tem papel preponderante no controle de zoonoses e doenças endêmicas, atuando como gestores e fiscais nesta área”, completou o Francisco Atualpa.
 
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Governo do Estado, em 2022, foram notificados 185.565 casos suspeitos de arboviroses, destes, 55,6% (103.286/185.565) foram de dengue e 42,8% (79.483/185.565) foram de chikungunya. Observa-se um incremento de 154,5% no número de casos notificados de arboviroses quando comparado ao mesmo período do ano anterior (72.901). Até o momento, observa-se que o percentual de casos confirmados, 46,6% (86.587/185.565) é similar ao percentual de casos descartados, 47,5% (88.216/185.565).
 
A Medicina Veterinária e a saúde humana
 
Desde 2011, a Medicina Veterinária faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Equipes formadas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, atuando de maneira integrada, têm maior capacidade de intervir em problemas e atender necessidades dos municípios em termos sanitários e ambientais.
 
A presença dos médicos-veterinários no NASF melhora a qualidade da atenção básica à família. São eles que realizam as visitas domiciliares para diagnóstico de risco à saúde na interação entre seres humanos, animais e meio ambiente. O contato com a população permite ajudar a sanar dúvidas sobre cuidados gerais, como alimentação, vermifugação e vacinação, melhorando o convívio com os animais de estimação, prevenindo doenças e o abandono nas ruas.
 
Os profissionais de Medicina Veterinária participam do desenvolvimento de ações educativas e de mobilização contínua da comunidade, ajudando no controle de doenças e conscientização sobre o uso e manejo adequado do território, tem a responsabilidade na saúde e nas estratégias de educação, vigilância, controle e prevenção das doenças zoonóticas, sabendo que atualmente 60% das doenças infecciosas em humanos têm caráter zoonótico, ou seja, são transmitidas entre animais e seres humanos e pelo menos 75% das principais doenças emergentes e reemergentes têm origem animal (OIE).
 
Além disso, participam de estudos e pesquisas, inclusive de vacinas contra a Covid-19, em saúde pública, orientam sobre cuidados com manejo de resíduos, previnem e controlam doenças transmissíveis por alimentos, vetores, animais e alterações ambientais provocadas pelo ser humano e desastres naturais.

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